Era uma vez uma moça bondosa e cruelmente maltratada pela madrasta. Seu nome era Cinderela.
Cinderela vivia em um reino distante, morava com a madrasta e as três irmãs. Trabalhava numa taberna e viva em pé de guerra com o patrão, um velho ranzinza que parecia uma múmia dos tempos de Cleópatra.
Mesmo odiando o patrão, seu trabalho era seu refúgio, e lá ao menos tinha com quem conversar. Para falar a verdade, Cinderela conversava com dois ratos e um cachorro chamado Ruffus. Ambos não falavam muito... ‘-‘



Em casa, Cinderela tinha mais duas irmãs: Cindy e Rella, e sua madrasta, que se chamava... madrasta.
Certo dia, em meados do fim do ano, chegou à casa da bela moça uma carta com convites ao baile real. A carta informava aos convidados que naquela noite o príncipe escolheria sua princesa durante a clássica dança Futterwacken (passolouco) regida pelo mestre chapeleiro maluco, que veio fazer uma visita neste conto. O coelho do relógio se atrasou e não pôde comparecer.
A madrasta de Cinderela, malvada, disse à filha que ela não iria ao baile por não ser digna de... Bom, na verdade, a madrasta não queria deixa-la ir porque na semana anterior ela levara a moça à casa da tia bruxa para visitar a prima Branca de Neve, e Cinderela por acidente, vira o espelho mágico. Este, a dissera que era a mulher mais bonita do reino, afinal, já estava enjoado de Branca de Neve.
A madrasta escutara a fala do espelho mágico e a partir daquele dia, passou a aprisionar Cinderela em casa, quando não estava no trabalho.

-Ora, decisão injusta... Eu gostaria tanto de ir ao baile... Conhecer o príncipe! – disse Cinderela, rodopiando pela cozinha da taberna. –Mas por causa de minha madrasta não poderei ir... E agora, quem poderá me salvar?

-Eu, minha querida, o gnomo irlandês do monte Titã...- disse repentinamente uma criaturinha que apareceu do nada.

O pequeno gnomo vestia trajes verdes, era um tantogorducho e tinha nas mãos uma pequena vareta. Uma varinha. Cinderela, assustada, tapou a boca em um grito abafado, e afastou-se da criatura. Um tanto decepcionado pela má recepção que teve, o gnomo bufou e, pegando a varinha, conjurou um banquinho, sentou-se e começou a contar sua história.

-Sou um gnomo Irlandês, vivo no monte Titã, sou uma criatura mágica, oras! – ele dizia espantado pela falta de compreensão de Cinderela. –Runf, devia estar esperando uma fada madrinha, não é, minha amiga desenformada?  Pois te falo uma coisa: as fadas desencaminharam. Começaram a fazer amizade com os ogros europeus, e migraram para o conto do Shrek... Portanto, sou sua única chance de ir ao baile real...

-Tem certeza que há alguma chance de eu ir? Minha madrasta não me permitiu... Não tenho roupa decente de festa, e o baile será hoje a noite! Faltam apenas algumas horas....

-Não se preocupe donzela... Pooois... com um
Toque do meu condão
Não ha mais preocupação
O seu príncipe logo vai surgir
Com muito ouro a reluzir
Vestido assim todo de cetim
Cristais reluzentes e jasmim
Não ha mais porque se preocupar
A sua mobília vai te ajudar
Você vai ver sua estrela brilhar
Irresistível linda demais
Mil príncipes correndo atrás
Seu nome nunca vão esquecer
Pra um final feliz eles querem você
A carruagem que emoção
E um cocheiro bonitão
Os dentes mais brancos irão surgir
A celulite vai sumir
E só pra você tem um bicho ficê
Pó de arroz e batom
A aparência que da o tom
Exercícios e jejum
Pra arrumar o melhor bumbum
Pra comer só buffet
O príncipe amado dançar com você
Vão dançar ao luar
Mil canções vão cantar
Que salão, que mansão.
Com dinheiro de montão.
Muita cor , muita flor o seu príncipe é um amor.
Pó de arroz, e batom
A aparência que dá o tom.....

-Éeer... Senhor Gnomo, faltam 2 horas para o baile... E a música está extremamente fora de ritmo... podemos começar?

-Ah, sim... Claro.

O gnomo estão parou de cantarolar sua música grotesca e pensou um pouco, devia levar Cinderela ao baile de qualquer forma. Teve então uma brilhante idéia idiota...